Joaquim Tomaz e Carlos Santos, avô e tio-avô, respetivamente, de uma aluna do 3º C, aceitaram o convite da biblioteca e da turma para falar acerca das vivências do antes, durante e após o 25 de Abril, sob a temática:
Quem sentiu Abril?
Em conversa com os alunos do 3.º C e 4.º E, relataram
os factos que levaram à revolução do 25 de abril, desde a ditadura à guerra nas
colónias, a repressão aos direitos humanos, etc. e explicitaram como se passou
no 25 de abril.
Carlos contou que fazia parte de um grupo de teatro e, como estudante, não se podia reunir porque o sr. Reitor não o permitia e tinha sempre alguém que lhes vigiava os movimentos.
Nessa altura, as crianças eram castigadas de forma rigorosa e, como era permitido pela política da altura, os pais permitiam esses castigos.
Antes do 25 de abril só iam para a escola aqueles cujas famílias eram as mais ricas, pois o ensino não era gratuito. As crianças com deficiência não podiam ir à escola. Não havia transportes, nem aquecimento e chovia em algumas escolas.
Na saúde passava-se o mesmo, uma vez que não havia hospitais nem médicos. Estes estavam só nas grandes cidades.
Contaram que a partir do 25 de abril começou a haver manifestações. Eram livres para ouvir as canções que antes eram proibidas. Havia slogans por toda a parte alusivos à liberdade e aos direitos humanos.
No final, todos agradeceram, pois saíram mais ricos e sensibilizados acerca do que os nossos antepassados passaram para nos deixarem um futuro mais risonho.
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