Entre título/corpo

03/06/2013

Autor de junho

Mia Couto, que acabou de receber o Prémio Camões 2012, nasceu a 5 de Julho de 1955 na cidade da Beira em Moçambique. Filho de uma família de emigrantes portugueses, Mia Couto publicou os seus primeiros poemas no jornal Notícias da Beira, com 14 anos. Iniciava assim o seu percurso literário dentro de uma área específica da literatura – a poesia – mas posteriormente viria também a escrever prosa.
Formou-se em biologia, na área de ecologia, na Universidade de Eduardo Mondlane, sendo atualmente professor da cadeira de Ecologia em diversas faculdades desta universidade.
Mia Couto é um "escritor da terra", escreve e descreve as próprias raízes do mundo, explorando a própria natureza humana na sua relação umbilical com a terra. A sua linguagem extremamente rica e muito fértil em neologismos, confere-lhe um atributo de singular perceção e interpretação da beleza interna das coisas. Cada palavra inventada como que adivinha a secreta natureza daquilo a que se refere, entende-se como se nenhuma outra pudesse ter sido utilizada em seu lugar. Mia Couto é um excelente contador de histórias. É o único escritor africano que é membro da Academia Brasileira de Letras, é o autor moçambicano mais traduzido e divulgado no exterior e um dos autores estrangeiros mais vendidos em Portugal.
 O seu romance Terra sonâmbula foi considerado um dos dez melhores livros africanos do século XX.

Fonte: mozindico. Outras informações e atualizações foram incorporadas ao texto original.  

Algumas das obras publicadas:
 “Mar me quer”
 “A chuva pasmada”
 “O último voo do flamingo”
"Jerusalém"
“ A confissão da leoa”


Moçambique, década de 1990. Numa terra devastada pela guerra, um menino sem memória é encontrado por um velho errante.
Muidinga e Tuahir, ambos marcados por conflitos que não entendem, desprovidos de passado e de esperança. Unidos, fazem de um machimbombo incendiado a sua casa, e de um diário, encontrado junto de um cadáver, a sua demanda. Nas linhas do caderno, Muidinga acredita ter um mapa que o levará de volta à sua mãe. Nessa busca, o insólito par descobre-se, reinventa-se, enfrenta a insanidade e a miséria que grassam em seu redor, e recusa deixar morrer o alento. Tal como a terra que percorrem sem destino, uma terra que nunca dorme, nunca descansa, uma terra sonâmbula. 
Já adaptado ao cinema, Terra Sonâmbula foi considerado um dos doze melhores romances do século XX em África. Cruza elementos da cultura tradicional moçambicana com a própria história do país, realismo e magia, factos e símbolos, Terra Sonâmbulaé, acima de tudo, um hino ao poder dos sonhos e da vida.

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